quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Indique diversão com mais de duas letras

Fonte: http://gnvision.blogspot.com.br/2012/08/desligue-tv-e-nao-seja-mais-um.html

Estrutura dos Livros Ilustrados.



Como você já viu aqui existem vários tipos de ilustração e estão cheias de significados e símbolos, por isso você receptor e também futuro mediador deve dar importância a toda a estrutura de um livro infantil, desde sua capa, até seu fim. Apresentas-se cores ou formas que indicam algo e que sugerem analise e interpretação. Aguce sua visão e as dos que recebem a informação de você.
Na obra Voces En El Parque de anthony browne  por exemplo, em sua capa apresenta várias fontes diferentes que ao analisarmos melhor podemos perceber que representam a personalidade de cada um dos personagens que a história pode apresentar.

Ou em passarinhando, trás em todas as suas páginas diversas molduras e cores que nos levam a entender o sentimento de liberdade do passarinho. Isso também alude o fato de que muitos livros infanto-juvenis trazem na contemporaneidade  temas que buscam uma referência mais psicológica, tema que iremos retomar ao falarmos do texto “Os mestres com os livros”.
Voltando a estrutura física do livro literário infantil, pode apresentar três tipos, sendo estas:
Vertical, mais conhecido como à francesa.

Horizontal, chamado de à Italiana que é o mais usado em livros ilustrados.

Formatos inovadores, que por exemplo, podem abrir suas paginas e formar uma estrutura para que a criança possa imaginar, como Zoo de Guimarães Rosa e 


Os livros pop-up e peep-show que saltam ou criam um volume de um meio 2D para 3D, tomando formas diferentes e dinâmicas.

 Ou nestas obras de Les cahiers de l'articho que apresentam formas geométricas:










Asa de papel

Pra quem se interessou pelo livro Asa de Papel descrito aqui temos um vídeo produzido pela Sama Multimídia Educação e Arte pra você.



Leia um livro :)

Indicando Obras: ASA DE PAPEL



Asa de papel é um livro lindo, na história o personagem principal é visto, em várias situações, em todas ele está lendo um livro. Mas, na verdade, o livro é que é o personagem principal do Asa de Papel.  O autor apresenta o livro como uma fonte de prazer, que traz alegria, informação e sabedoria... 


Ilustrado e escrito por Marcelo Xavier as ilustrações tridimensionais personagens e objetos de cena são moldados em massa plástica (massinha de modelar) e montados em pequenos cenários e fotografados.

O autor formado em Publicidade pela PUC-MG e artista plástico autodidata trabalha com este tipo de ilustração desde 1986. Devido o sucesso e aproximação com a área da literatura infantil esta obra ganhou várias premiações como: Prêmio apca - Originalidade em Literatura Infantojuvenil - 1993, prêmio Ofélia Fontes - FNLIJ - O melhor para crianças. 1993 e prêmio Jabuti - Melhor ilustrador - 1994.
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Saiba mais sobre o livro:

Compre o livro:

Um pouco mais sobre ilustração...



                                             “[...] a ilustração é uma das linguagens não verbais mais recorrentes na obra literária infantil [...]” (FILHO, pg.53) 

A ilustração adquire grande importância ao longo do tempo e hoje ganha, segundo alguns autores, o status de gênero literário. E os livros ilustrados, como já fora mencionado anteriormente se faz presente em obras literárias para atender ao público infanto-juvenil e consequentemente encanta os adultos, que muitas vezes são mediadores destas obras e assim dá solução a questão do duplo destinatário, ou seja, sempre que há uma criança lendo existe um adulto lendo (mesmo que não diretamente, onde o mesmo selecionou aquela leitura). Elucidamos que ao falarmos que encanta o adulto já que as imagens estão se aperfeiçoando, despertando o interesse culto do adulto-leitor, onde o livro infantil está virando uma galeria de arte no papel.
Estas imagens produzem significado, para tanto, muitas vezes para entender a história deve-se as compreender e interpreta-las. 



Um exemplo disto, os quadrinhos (inter-relação entre textos e imagens), que na verdade não são classificados como livros ilustrados, mas elucidam esta explicação e reafirma a afirmação anterior, onde pode despertar o interesse da criança quanto do adulto. 
Mas, voltando para o público infantil, segundo FILHO (2009), fazendo uma adaptação da obra de Luiz Camargo, classifica as ilustrações nas obras literárias em:
Pontual: Que tem como função destacar o início e o fim do texto, como nos contos de fadas e suas letras capitulares.
Descritiva: Onde esta imagem promove o papel de construção de significados semelhantes ao texto escrito, como meio descritivo ela consegue assim, descrever objetos ou personagens que muitas vezes sem este auxilia não seriam visualizados.
Narrativa: Esta imagem exerce a função e narrar uma ação ou cena, recurso muito utilizado por livros que apenas possuem ilustrações, onde a ausência de texto não implica na ausência de discurso.
Simbólica: Passa uma ideia metafórica, onde para ser reconhecida deve existir uma visão mais apurada do receptor.
Imersiva: Traz consigo uma hipertextualidade, ou seja, leva o leitor a determinados caminhos de interpretação, mas deixa algumas vias alternativas a escolha do receptor.
Dialógica: Promove um diálogo emocional com o leitor, despertando emoções através da postura, expressão ou gesto do personagem que a mesma retrata.
Estética: Desperta o interesse no modo como a ilustração fora elaborada, como a técnica que o ilustrador utilizou.
Lúdica: Esta ilustração se transforma em um jogo par ao leitor do texto.
Tradutora: Ajuda a entender a mensagem que o texto verbal quer passar, incentivando o receptor e ampliando a possibilidade de interpretação da obra.
Outros detalhes que podem ser observados nos livros infantis são as unidades de folego, ou seja, as falar são o tempo de uma respiração, curtas e concisas para auxiliar na interpretação e entendimento do texto. Também pode conter o drama da virada de página, onde o leitor fica ansioso para saber o resto da história.
Que tal ler um livro agora e prestar mais atenção na ilustração, boa leitura :)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Pequeno Polegar


O pequeno Polegar é um antigo conto europeu, que ganhou fama após ser recontado por Charles Perrault, e que merece ser fornecido a vocês caros leitores. Deliciem-se:
ERA UMA VEZ um casal de lenhadores que tinha sete filhos. O caçula era muito fraquinho. Ao nascer era do tamanho de um dedo polegar; deram-lhe então o apelido de Pequeno Polegar.
Alguns anos depois, infelizmente, houve tanta miséria que os pobres pais resolveram se desfazer de seus filhos. Um dia em que. as crianças estavam deitadas o lenhador disse à sua mulher:
- Você está vendo que não podemos mais alimentar os nossos filhos. Estou resolvido a levá-los amanhã ao bosque para que lá eles se percam.
- Como! exclamou a mulher, você, teria coragem de abandonar seus próprios filhos?...
Porém pensando na dor que sentiria ao velos morrer de fome, consentiu no plano e foi deitar-se chorando.
O Pequeno Polegar ouvira o que eles tinham dito e não dormiu mais o resto da noite, imaginando o que poderia fazer. Levantou-se muito cedo e foi ate a beira de um riacho onde encheu os bolsos com seixinhos brancos.
Partiram, e o Pequeno Polegar nada disse do que sabia a seus irmãos. Foram para uma floresta espessa, onde, a 10 passos de distância ninguém se enxergava.



O lenhador começou a cortar lenha e seus filhos se puseram a apanhar gravetos para fazer feixes. O pai e a mãe, vendo-os ocupados a trabalhar, afastaram-se deles pouco a pouco; fugiram depois de repente por um caminhozinho afastado.
Quando os meninos viram que estavam sozinhos, começaram a chorar. O Pequeno Polegar os deixava chorar, pois na vinda jogara em todo o caminho os pequenos seixos brancos que trazia nos seus bolsos. Disse-lhes então:
- Não tenham medo, meus irmãos, eu levarei vocês de volta para casa, é vocês me
seguirem!
Na hora em que os lenhadores chegaram a casa, o Senhor da aldeia enviou-lhe 10 escudos que lhe devia há muito tempo e que eles não esperavam mais receber. Como eles não comiam há dias, a mulher do lenhador comprou três vezes mais carne do que seria preciso para o jantar dos dois.
Quando já tinham comido bastante, ela disse:
- Ai! Que desgraça! Onde estarão os nossos filhos! Será que os lobos os comeram?
Neste momento as crianças, na porta, começaram gritar: “Nós estamos aqui! Nós estamos aqui!!!
A boa mulher correu depressa para abrir a porta e disse-lhes beijando-os: “Estou tão contente porque vocês voltaram, meus filhos queridos!
Puseram-se à mesa e comeram com um apetite que enchia de satisfação o pai e a mãe. Esta alegria durou enquanto duraram os 10 escudos. Mas, quando o dinheiro acabou, recaíram na mesma tristeza e resolveram soltar os filhos outra vez na floresta.
O Pequeno Polegar decidiu fazer o mesmo que fizera na primeira vez e levantou-se muito cedo para ir juntar seixinhos, mas viu que a porta da casa estava fechada com chave.
Sua Mãe, tendo dado a cada um pedaço de pão para o almoço, ele teve a idéia de fazer com o pão o que fizera com os seixos, jogando bolinhas de miolo por onde passassem.
O pai e a mãe deixaram-nos no lugar mais fechado e escuro da floresta. O Pequeno Polegar não ligou muito porque acreditava que encontraria com facilidade o caminho. Porem teve uma grande surpresa não achando mais uma só migalha. Os pássaros tinham vindo e comido tudo.
A noite caiu e levantou-se um vento terrível que metia medo pavoroso nas crianças. Eles pensavam ouvir de todos os lados os uivos dos lobos vindo para devorá-los.
O Pequeno Polegar trepou no topo de uma árvore de onde avistou uma luzinha. Caminhando’ algum tempo com seus irmãos do lado de onde vira a luz, tornou a vê-la quando saiu do bosque.
Chegaram enfim a casa onde brilhava a vela.
Bateram na porta, e uma mulher veio abrir. Vendo-os tão bonitos, ela começou a chorar e lhes disse: “Ah! meus pobres meninos, vocês não sabem onde estão!!! Pois aqui e a casa de um ogro que come criancinhas!”
- Ah! meu Deus! respondeu-lhe o Pequeno
Polegar, que tremia dos pés a cabeça, assim como seus irmãos, o que é que nós vamos fazer?...
- A mulher do Ogro, julgando que pudesse escondê-los de seu marido ate o dia seguinte,
deixou-os entrar e levou-os para junto da lareira.
Assim que eles estavam começando a se esquentar, ouviram bater três ‘pancadas na porta. Era o Ogro que voltava.
Imediatamente sua mulher escondeu-os debaixo da cama e foi abrir a porta. O Ogro perguntou logo se o jantar estava pronto e se tinham ido buscar vinho, e depois foi para a mesa.
Estou sentindo cheiro de carne fresca, disse o Ogro bruscamente, olhando sua mulher com desconfiança; aqui há qualquer coisa que eu não estou gostando!
Dizendo estas palavras, ele levantou-se da mesa e foi direto para a cama.
- Ah, ah !!! disse, é assim que você quer me enganar, mulher maldita!
Arrastou de baixo da cama, um depois do outro, todos os meninos. Foi então buscar um facão, mas sua mulher disse:
- O que e que você vai fazer a esta hora?
Amanhã você tem muito tempo!
Você tem razão, disse o Ogro, dê bastante comida para eles não emagrecerem e bote-os na cama.


Ficheiro:Poucet9.jpg

A boa mulher ficou radiante e deu-lhe de comer. Enquanto isso o Ogro recomeçou a beber, e, ficando um pouco tonto, foi obrigado a ir deitar-se.
O Ogro tinha sete filhas que eram ainda crianças. Elas tinham ido dormir cedo e estavam todas numa cama grande, cada uma com uma coroa na cabeça.
Havia no mesmo quarto uma outra cama do mesmo tamanho. Foi nela que a mulher do Ogro deitou os sete meninos.
O Pequeno Polegar, com receio de que o Ogro se arrependesse de não tê-los degolado no mesmo dia, levantou-se durante a noite, pegou os chapéus de seus irmãos e o seu, e foi devagarinho colocá-los na cabeça das sete filhas do Ogro, não sem primeiro ter tirado as coroas que ele botou nas cabeças de seus irmãos e na sua.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Dica de leitura - FLICTS

Nós do desliga a tv e vem ler nos encantamos com um livro puramente brasileiro ilustrado, esse livro é o "Flicts", foi o primeiro livro ilustrado brasileiro, marco nos anos 80, e foi traduzido em mais de 20 línguas.
O livro conta a história de uma cor "diferente", que não consegue se encaixar em lugar nenhum, e que ninguém, reconhece seu valor.

O quando o leitor pensa que "Flicts" está conformado com sua condição Ziraldo (autor do livro) nos surpreende dando um fim horrorosamente lindo.







Foi editado em 1969, mesmo ano em que o homem chegou à Lua, "Flicts". Agora em sua 64ª edição, o livro foi adaptado às novas regras do Acordo Ortográfico. Ziraldo ganhou o 21º Troféu HQMIX (2008) - o "Oscar" dos quadrinhos - na categoria Homenagem/Destaque Internacional.

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Ficou curioso pra ler FLICTS?

Livro ilustrado X Livro com Ilustração

A maioria dos livros de literatura infantil tem um grande apelo visual. A ilustração permite a criança ir além do texto escrito.
Um livro ilustrado é diferente do livro com ilustrações, o verdadeiro livro ilustrado é aquele que sua história não encontra sentido sem a imagem, aquele que a ilustração é fundamental, a imagem é preponderante na página, e neste é preciso uma grande articulação entre o texto e a imagem.

OS AVANÇOS DAS ILUSTRAÇÕES:
TRADICIONAL:

1)Primeiras cartilhas ilustradas, criadas por Comeniuns. Era feira a técnica de xilogravura; as gravuras estavam juntas com o texto.

2) Talho doce, texto e imagem produzidos separadamente.

3) Litogravura, texto e imagem juntos (personagens sempre apareciam de corpo inteiro na imagem, lembrando o teatro):

4) Litogravura em cor, a estrutura permanece o único avanço é a cor (1858)

Devido as mudanças no mundo das artes plásticas o livro ilustrado sofreu alterações, entrando assim numa nova fase:

LIVRO ILUSTRADO MODERNO
1) Surrealismo

Nossa, diversas técnicas e estilos, temos livros ilustrados que tem imagens que vão desde desenhos, pinturas até fotografias. Encantador não? Pois é, não é atoa que livro ilustrado virou gênero literário

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Imagens disponíveis em:
Imagem 1: SCIELO
Imagem 3: Artefemerides
Imagem 4: Blogdaruaonze

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

As palavras dão vida.


Fonte: you-should-dream-more

Arte de Contar





Contar história é um ato social muito antigo, e milenar da humanidade,  no qual os significados, crenças e valores são transferidos para outras gerações através de narrativas. Nas culturas orais  o conhecimento, tanto em relação à saúde, como a lavoura e ao comportamento social era e é organizado pelas mesmas. As quais se fazem fundamental  alguém para  reproduzi-las,  nesse caso um contador de historias. Como traços sociais as historias continuam permeando a vida humana, porém houve mudanças na forma de transmiti-las, portando vamos conhecer um pouco sobre o contador de historia moderno e o tradicional.
O  contador de historias tradicional trabalhava com a memória e as historias tinham um valor significativo para ele, e o mesmo era uma figura importante em sua comunidade, já o contador de historia moderno no âmbito da educação trabalha mais com o livro e com sua performance e não mais apenas valorizado pelo lugar que ocupa na sociedade, este nesse caso vem a ser o professor,que utiliza hoje em dia varias formas de passar as historias, contado, pelo discurso oral, lendo, utiliza o discurso escrito e dramatizando, fazendo os personagens. Além de utilizarem vários recursos e diferentes gêneros que mediam esse mundo fantástico, o educador deve ser o mediador dessa relação entre a história e a criança que  através de suas experiência vai reconstruir e dar significado ao que foi contado. Portanto a historia não é um ato vazio e seu contador deve buscar,ter um conhecimento da mesma,pois para criança este é uma testemunha de tudo que esta sendo relatado, os detalhes são importante para que esta criança possa viajar no mundo da fantasia.